Christina Camargo – Astróloga

* A História

 

Segundo alguns relatos, por volta do ano 8.000 a.C., o homem tinha um contato precário com a natureza, sendo totalmente dominado por ela…

 

Viajando um pouco mais à frente no tempo, nos encontramos agora na Mesopotâmia (atualmente conhecida como Iraque), que é formada pelos estados da Babilônia, Suméria, Uruk, Ur, entre outros e faz fronteiras com Turquia, Pérsia, Arábia Saudita, Palestina e Síria.  O céu continua a representar um espetáculo imprevisível e ao mesmo tempo assustador com seus acontecimentos como o dia, a noite, as estrelas, os trovões, as chuvas, etc.… Tudo como um enigma a ser estudado, pesquisado. As estrelas são conhecidas como divindades e chamam muita atenção deste povo, conhecidos como os verdadeiros fundadores da Astrologia.

Ainda nesta fase da Humanidade, os homens adoram o Sol, a Lua , as estrelas, os oceanos e se reúnem para homenagear essas forças, para que as mesmas lhes deem a força para vencerem os inimigos.

 

A partir de observações estelares, o homem começa a observar que estes pontos luminosos servem como pano de fundo para outros corpos que se movem mais rápido no céu, como o Sol, a Lua e os cinco planetas: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno, todos vistos a olho nu e que são conhecidos como “estrelas errantes”. Todos eles representam deuses com o poder de dirigir a vida e os homens. Desta forma, a cada planeta é dado um significado como, por exemplo, Mercúrio, o regente da agilidade e da velocidade; Marte, o senhor da guerra; Saturno, o cruel e irascível e assim por diante.

 

O homem começa aos poucos a juntar e a catalogar todas estas observações, os conhecimentos e com o passar dos milênios, começam a serem formadas as bases da Astrologia.

 

Até estes conhecimentos chegarem aos nossos dias, muitos estudos foram feitos e experiências processadas por abnegadas criaturas que sabemos, dedicaram anos e anos de suas vidas para desvendar os segredos do Universo. A estas poderemos literalmente chamar de Intérpretes das Estrelas. São estes os astrônomos, os astrólogos, sacerdotes-astrólogos, pesquisadores, cientistas. Não poderemos esquecer que muitos papas como Sisto IX, Júlio II, Leão X, Paulo III (1468-1549), Urbano VIII (1568-1644) e reis como Cristiano IV da Dinamarca, Sigismundo III da Suécia e a rainha Elizabeth I da Inglaterra, contribuíram para que estes estudos também fossem aos poucos se tornando cada vez mais conhecidos entre as pessoas, devido a enorme propagação que faziam da Astrologia – sem saber –  quando recorriam aos seus astrólogos para as orientações que necessitavam sobre decisões, guerras, batalhas, coroações, etc. Temos ainda conhecimento que no passado na China e na Índia, estes levantamentos astrológicos sempre foram de vital importância, para se saber ao certo as encarnações passadas e o futuro de uma criança logo após o seu nascimento. Pelos Mapas Astrológicos, os astrólogos do Oriente, sabiam de antemão que região do planeta reencarnaria um lama que estava desencarnando. Estes costumes não se perderam com o tempo. Ainda hoje estas práticas continuam.

 

Atualmente pessoas públicas ou não, continuam a procurar estes profissionais para terem um suporte técnico, sério e eficaz para os seus diversos questionamentos. Logicamente as orientações não visam como no passado, mas sim para saber qual o melhor período para abrir uma empresa, para se casar, para o nascimento de um filho, ou até mesmo para um autoconhecimento mais profundo. Como exemplo neste último caso, poderemos citar o Imperador Augusto  do período entre 63 a.C. – 14 a.C em Roma, que segundo relatos tendo tanta confiança na Astrologia, tornou pública a sua Carta Natal e mandou cunhar moedas de prata com o símbolo de Capricórnio, o seu signo solar.

 

Mas sem dúvida alguma, houve muita atividade astronômica e astrológica em diversos pontos da Mesopotâmia, China, Índia, Egito, Grécia e Roma antigos.

 

EFEMÉRIDES

Os caldeus eram grandes observadores e ótimos matemáticos. Com o tempo, viram que os acontecimentos no céu seguiam um padrão: as estrelas moviam-se em uma ordem fixa enquanto os planetas vagavam em órbitas quase delineadas e que tinham certa regularidade de acordo com a sua individualidade.
Com estas observações, foram surgindo as primeiras Efemérides ou Tábuas de Movimentos Planetários que, após passarem por ajustes no decorrer dos tempos, ainda tem aplicabilidade nos dias atuais.
As mais antigas Efemérides escritas de que temos conhecimento, datam de meados do século VII a.C., época do rei assírio Assurbanipal.
(VER   EFEMÉRIDES  PARA  2016).

 

A  ECLÍPTICA   E  AS  CONSTELAÇÕES     

                        ecliptica3

Eclíptica é um círculo máximo imaginário que tem como pano de fundo a esfera celeste ou céu, como é mais conhecido, onde estão as estrelas e constelações. No centro está o Sol, com todo o seu sistema planetário, inclusive a Terra, girando ao seu redor, descrevendo a sua órbita. Este caminho ou o “movimento de translação” também dá origem aos equinócios e aos solstícios. Mas se projetarmos o plano da órbita da Terra contra a esfera celeste teremos a Eclíptica. Ela está no meio de uma faixa ou cinturão que mede aproximadamente 16° de largura, tendo 8° de cada lado delimitando-a, portanto por um círculo paralelo ao Norte e outro ao Sul. Esta faixa é conhecida como Zodíaco, onde se movem aparentemente os planetas, o Sol, a Lua, as constelações zodiacais entre as estrelas, sempre tendo como ponto de referência no centro o Ser Humano na Terra, como observador.

Constelações são agrupamentos de estrelas, que de acordo com suas posições na esfera celeste, classificam-se em: BOREAIS – situadas no Hemisfério Norte; AUSTRAIS – no Hemisfério Sul e ZODIACAIS – situadas no Zodíaco. As principais constelações são: Cruzeiro do Sul e a Ursa Maior, pelas quais se determinam o Polo Sul e o Polo Norte. Os estudiosos da antiguidade imaginaram formar figuras de pessoas, animais ou objetos. Ainda hoje, ao olharmos para o céu poderemos notar alguns destes desenhos. Estes reconhecimentos feitos por um leigo são muito difíceis. As distâncias entre as estrelas e as constelações, são infinitamente maiores das quais observamos.
Ainda no passado, as constelações surgiram para ajudar a identificar as estações do ano ou até para lembrar aos agricultores qual era o momento exato da plantação ou da colheita.
Durante os seus estudos e cálculos astrológicos, os caldeus usaram somente 12 constelações principais, através das quais o Sol e a Lua passavam regularmente e que foram precursores do Zodíaco.

 

OS  SIGNOS  E  O  ZODÍACO

A cada duas horas aproximadamente, as constelações em movimento aparente, se deslocavam 30° no céu, ou um doze avos pela eclíptica. Desta forma, os antigos dividiram-na, em 12 zonas ou setores, com 30° de extensão cada. Logo, ficou dividida uma constelação para cada setor. Cada uma destas divisões deu origem a um Signo que correspondia à constelação do mesmo nome e o conjunto todo se chamou Zodíaco (do grego “zodion” =animal e “kyklos”=círculo). Convém lembrar, que o período que o Sol ficava em um signo, não correspondia e hoje também não corresponde exatamente ao tempo que ele fica na constelação de igual nome. Nem mesmo os Signos são da mesma extensão das constelações. Isto acontece porque elas não são do mesmo tamanho, não estão colocadas uniformemente e apresentam espaços vazios.

 

Pela ordem os 12 Signos e as Constelações do Zodíaco usados na Astrologia Ocidental são: ÁRIES (Carneiro), TOURO (Taurus), GÊMEOS (Gemini), CÂNCER (Caranguejo), LEÃO (Leo), VIRGEM (Virgo), LIBRA (Balança), ESCORPIÃO (Scorpius), SAGITÁRIO (Sagitarius), CAPRICÓRNIO (Capricornius),  AQUÁRIO (Aquarius),  PEIXES (Pisces).

 

Os símbolos dos Signos Zodiacais são:
ÁRIES =  / TOURO =  /   GÊMEOS =   /   CÂNCER =   /
LEÃO =    /  VIRGEM =  /  LIBRA =   /  ESCORPIÃO =  /
SAGITÁRIO =  /  CAPRICÓRNIO =  / AQUÁRIO =  /  PEIXES = 

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