Christina Camargo – Astróloga

William Lilly

                                                                                            CONSELHOS    de   WILLIAM  LILLY

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O Mestre em Astrologia, William Lilly, que nasceu e viveu no Reino Unido no período de 1601 a 1681, foi um dos mais importantes astrólogos do seu tempo. Os seus estudos e conhecimentos são tão valiosos que ainda hoje continuam a serem aplicados pelos astrólogos do mundo inteiro. Ele que apresentava alguns conselhos aos formandos da Faculdade de Estudos Astrológicos na Inglaterra, como uma espécie de juramento de Hipócrates (que viveu de 460 a.C. a 377 a.C.) considerado o Pai da Medicina, dizia:

 

 

      “Meu amigo, quem quer que sejas, que com tanta facilidade receberás o benefício dos meus duros estudos, e que pretendes prosseguir neste celestial conhecimento das estrelas, nas quais os grandes e admiráveis trabalhos do invisível e todo glorioso Deus são tão manifestamente aparentes. 

        Em primeiro lugar, considera e admira o teu Criador, e sê-lhe grato, sê humilde, e não deixes que qualquer conhecimento natural, não importando quão profundo ou transcendente, deslumbre a tua mente a ponto de a fazer negligenciar aquela Divina Providência, a cuja omnipresente ordem e determinação todas as coisas, celestiais e terrenas, devem o seu constante movimento;  mas quanto mais o teu conhecimento for aumentado, mais deves engrandecer o poder e a sabedoria de Deus Todo Poderoso, e esforçar-te por preservar os seus favores, sabendo que quanto mais pio fores e mais próximo de Deus estiveres, mais puro será o julgamento que darás. 

       Acautela-te contra com o orgulho e a presunção, e lembra-te que há muito que nenhuma criatura irracional se atreve a ofender o homem, o microcosmo, antes o servindo e lhe obedecendo fielmente desde que ele se mantenha senhor da sua própria razão e das suas paixões, ou até que ele submeta a sua vontade à sua parte irracional.  Mas, quando a iniquidade abunda e o homem entrega as rédeas aos seus próprios afetos, e desiste da razão, então todos os animais, criaturas e coisas evidentemente nefastas, se tornam rebeldes e desobedientes ao seu comando. 

       Sê fiel, Oh homem!  ao teu Deus e aos princípios corretos, depois considera a tua própria nobreza e como todas as coisas criadas, tanto presentes como futuras, foram criadas por tua causa;  por tua causa, Deus tornou-se homem;  tu és essa criatura que, tendo conhecido Cristo, vive e reina acima dos céus, e se senta acima de todo o poder e autoridade.  Com quantas preeminências, privilégios, vantagens te abençoou Deus?  Tu estás acima dos céus através da contemplação, concebes o movimento e a magnitude das estrelas;  tu falas com os anjos, até com o próprio Deus;  tu tens todas as criaturas sob o teu domínio, e manténs os demônios em sujeição.  Não desfigures a tua natureza, nem te tornes indigno de tais dons, nem te prives de tão grande poder, glória e bênçãos que Deus te atribuiu, afastando-te do seu temor, a troco da posse de alguns prazeres imperfeitos.  Tendo considerado o teu Deus, e o que tu próprio és, enquanto fores servo de Deus, recebe agora instrução em como na tua prática gostaria que te comportasses. 

        No teu contato diário com os céus, instrui e forma a tua mente de acordo com a imagem da Divindade;  aprende todos os ornamentos da virtude e sê suficientemente instruído nela;  sê humano, educado, afável para com todos, de fácil acesso, não aflijas os miseráveis com o terror de um julgamento severo;  nesses casos, dá-lhes a conhecer o seu duro destino gradualmente;  diz-lhes que peçam a Deus que afaste os julgamentos que se aproximam;  sê modesto, convivendo com homens sábios, educados e sóbrios, não ambiciones um patrimonio;  dá gratuitamente aos pobres, tanto dinheiro como julgamento;  não deixes que nenhuma riqueza terrena provoque em ti um julgamento errado, ou tal que desonre a arte ou esta divina ciência.  Ama homens bons, estima aqueles homens honestos que sinceramente estudam esta arte. 

       Sê frugal ao dar julgamento contra o Estado em que vives. 

       Não dês julgamento sobre a morte do teu príncipe;  eu sei contudo por experiência que “reges subjacent legibus stellarum” (os reis estão sujeitos às leis das estrelas).

      Casa com uma mulher tua, alegra-te com o número dos teus amigos, evita a lei e a controvérsia;  no teu estudo, sê “totus in illis” (inteiro nele) de forma que possas ser “singulus in arte” (singular na arte);  não sejas extravagante ou desejoso de aprender todas as ciências, não sejas “aliquat in omnibus” (como alguns em geral)  sê fiel, tenaz, não traindo os segredos de ninguém;  não, ordeno-te, nunca divulgues a confiança em ti depositada por amigos ou inimigos. 

      Ensina todos os homens a viver bem, sê tu próprio um bom exemplo, evita as modas da época, ama a tua pátria natal;  não repreendas nenhum homem, não, nem um inimigo;  não te desapontes se falarem mal de ti, “conscientia mille testes” (a consciência é uma testemunha);  Deus não deixa nenhum pecado sem castigo, nem nenhuma mentira sem vingança”.

 

                                                                                                                                   WILLIAM  LILLY

 

                                                        

                                                                                                                                                                                                         

 

 

 

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