Christina Camargo – Astróloga

Virgem

Última Atualização:   2 / 2/ 2022

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Apresentação - Virgem  SIGNO  DE  VIRGEM   (23 de agosto a 22 de setembro, aproximadamente)

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Signo de elemento terra, mutável, polaridade negativa, feminino, yin, passivo. Temperamento melancólico. Representa o ser já maduro, trabalhando e já tendo recompensas pelos seus esforços. Começa a produzir e aprender a administrar o resultado de seu trabalho. Dá prosseguimento a etapa da jovialidade e da alegria, definidas no signo anterior, Leão. Este nativo nos demonstra ter um senso crítico muito apurado, ser um grande observador a ponto de perceber quase sempre os mínimos detalhes de todas as situações, detalhes estes que escapariam à maioria das pessoas. Só isto já o faz distinguir-se dos demais em muitas ocasiões, principalmente naquelas em que são exigidos trabalhos científicos, de pesquisa, de precisão, paciência, organização, metodologia criteriosa, responsabilidade e disciplina. A atenção aqui deve ser exigida quanto aos excessos de toda ordem tanto quanto às de crítica e da observação aos detalhes, o que pode levá-lo a se desviar do objetivo final, perdendo-se em questões menores além de tornar-se é claro, um obsessivo por perfeição. É culto, metódico, rigoroso com ele mesmo e com os que estão ao seu redor, não admitindo falhas. Tem amor ao dever, ao trabalho árduo, ao bem-estar da humanidade, tanto que pode ser um excelente assistente social, enfermeiro ou médico. Gosta também de cuidar da saúde, dieta, higiene tanto suas como das outras pessoas. Não alimenta ilusões, sendo bem racional na sua maneira de pensar e agir. Cultiva uma vida de humildade, severidade, honestidade e lealdade, sendo estas as suas marcas principais. Demonstra este nativo ser predisposto a muitas oscilações no funcionamento do organismo, devido às alterações emocionais e até ambientais, captadas pelo nativo. Tem tendência ao vegetarianismo, o que pode ser positiva, principalmente para não sobrecarregar o seu aparelho digestivo e os intestinos, órgãos muito sensíveis para o virginiano. Em geral este nativo cuida muito bem do seu corpo, mantendo uma boa disciplina alimentar, higiene adequada e uma rotina metódica, para conseguir um bom equilíbrio orgânico. Aprender a relaxar poderá ser providencial, para fortalecer o seu sistema imunológico. Atenção com os pés.

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O Mito Referente:   DEMÉTER

Para os romanos a deusa da agricultura era conhecida como Ceres. Na Roma antiga, as moças ficavam trancadas durante nove dias e após este período podiam se vestir de branco e adornar suas cabeças com coroas de palha de milho para oferecerem a Ceres nas festas anuais os primeiros frutos da colheita. Os gregos a conheciam como Deméter, que traz nos braços um feixe de trigo. Simboliza a necessidade de separar o joio para manter a pureza do trigo, justamente o que o signo de Virgem representa ou seja, selecionar as coisas da vida. Virgem está associada à colheita do trigo e milho.

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Glifo do Signo: glifo_virgem  –  É formado pela letra hebraica “Mem”, representando a Virgem com a cauda de peixe (a polaridade mística de Peixes) torcida para cima.

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                                                         POEMA  DE  VIRGEM

 

Encarno o vasto mistério

Da constelação zodiacal

Desafio a astrologia

E seu poder magistral

Até hoje existem dúvidas

Sobre meu planeta real.

 

Sou Virgem, signo da Terra

Mas tenho como eixo polar

A regência de Mercúrio

Planeta símbolo do ar

De Gêmeos, sou o oposto

Não exibo sua pose estrelar.

 

Da primeira metade da roda

Sou o último signo zodiacal

Consolido a síntese, a essência

Do amadurecimento individual

Domino desde Áries a Leão

Etapas do ciclo vivencial.

 

Do signo de Touro, eu tenho

Um pouco de sua obstinação

Da resistência passiva de Câncer

Mantenho grande conexão

Neutralizo o ímpeto do fogo

Do explosivo Áries e audaz Leão.

 

Tenho o dom de aprofundar

Do conhecimento, a essência

Nisso, discordo de Gêmeos

Com sua vivaz eloquência

Enquanto este é a borda

Sou o fundo, a quintessência.

 

Represento a face oculta

De Hermes, o mensageiro

Segundo a lenda egípcia

Ele é Thoth, o curandeiro

Símile de ave e macaco

Intérprete do “estrangeiro”.

 

Hefestos, o vulcânico

Herdei a perseverança

De produzir dia e noite

Sem direito à folgança

Meu lema é o trabalho

Não priorizo a bonança.

 

Sou também associado

Ao mito da deusa Héstia

Chama purificadora do lar

Fogo da lareira, da réstia

Virgem pura, invencível

Fonte de grande modéstia.

 

Do humano e do divino

Sou fruto de um amor

Encarno do herói Asclépio

O saber de aliviar a dor

Tenho o deus da medicina

Como núcleo inspirador.

 

De Hígia, filha de Asclépio

Deriva minha pulsão pela vida

Procuro sempre a integração

Corpo e alma não cindida

Estou sempre a prevenir

A doença, a dor, a ferida.

 

Finco os dois pés no chão

Sintetizo a consciência

Vivo sempre a ruminar

Os enigmas da ciência

Adentro o mundo oculto

Represento a sapiência.

 

Cultivo um grande poder

De análise e organização

Podendo chegar ao limite

De uma rigorosa obsessão

Elegendo a auto disciplina

Como substituto do coração.

 

Valorizo muito a perfeição

Dou à ética seu valor

Sou discreto, reservado

Aparento ter pouco valor

Me concentro na solidão

O silêncio é meu condutor.

 

Como homem posso parecer

Um chato de luva de galocha

Mas, para as mais exigentes

Tenho secretamente uma tocha

Que ante uma plena mulher

Desfaz a dureza da rocha.

  

Como mulher virginiana

Tenho grande inteligência

Desvendo qualquer segredo

Com a mais santa paciência

Sou divinamente romântica

Mas, plena de autosuficiência.

 

Como nativo de Virgem

Aprendo em geral a lição

Isso me deixa precavido

Sempre sei onde meto a mão

Tenho, por excelência, o dom

De saber quando dizer não.

 

Meu autocontrole é virtude

Mas também se torna defeito

Quando levado ao extremo

Me deixa sombrio, sem jeito

Me torna um ser eficaz

Porém sem chama no peito.

 

Tenho como grande desafio

Relegar minha pulsão realista

Dar vazão ao ócio, ao prazer

Liberar meu lado idealista

Conviver com o desconhecido

Como algo não fatalista.

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Astrologia de Cordel, “Os Doze Signos” de Maria Guadalupe Segunda 

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